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Revista da CAASP / Abril 2013
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PARCERIA
Para o advogado, falar uma segunda língua não é importante apenas para progressos na carreira
acadêmica. No cotidiano das empresas, termos como letterofcredit, swap, duediligence e trust são
comuns, sem contar que os contratos de comércio internacional são redigidos em inglês. A própria
atuação do advogado dentro da corporação mudou.
"O advogado não é mais o profissional chamado apenas para resolver uma questão quando ele se
torna um problema jurídico. Ele tem uma atuação preventiva, é consultado com frequência pelos
que detêm os poderes decisórios e, nesse sentido, precisa falar a língua dominante na alta hierarquia
de uma empresa multinacional", diz o presidente da Comissão de Relações Exteriores da OAB São
Paulo.
O Conselho Federal da OAB tem a mesma preocupação. Tanto que, em seu site, publicou um artigo
sobre o assunto: "Tornou-se assim imprescindível ao moderno advogado e principalmente ao
estudante que está ingressando na carreira jurídica saber inglês. Seu papel dentro de uma corporação
ou perante o cliente que representa deixou de ser o de um técnico capaz de aplicar e interpretar leis.
O profissional do Direito hoje deve ter uma atuação multifuncional, o que inclui nas suas habilidades
básicas conhecer o Inglês técnico dentro da sua área de atuação e ser capaz de comunicar-se nesse
idioma de forma eficaz."
Nas empresas, é significativo o aumento no número de contratos internacionais em inglês, que
exigem dos advogados o conhecimento não apenas de normas jurídicas, mas dos meandros da
linguagem.Um pequeno descuido na interpretação de frases pode representar grandes prejuízos,
pois esses documentos celebram desde acordos entre pequenas ou médias empresas até complexas
transações internacionais de grande porte envolvendo empresas e bancos nacionais e internacionais.