![]() matemática, e muitas vezes comporta mais de uma intelecção". conforme aludido por Ives Gandra em menção ao Artigo 142 da Constituição, Bandeira de Mello discorda frontalmente: "Isso é gravíssimo. Está extraído um sentido absolutamente fora do alcance desse dispositivo constitucional. O intérprete da Constituição é o Supremo Tribunal Federal, não as Forças Armadas". "Podem existir divergências, os homens não devem pensar sempre igual na democracia. Agora, o intérprete da Constituição é o Supremo Tribunal Federal, gostemos ou não", assinala. Mello, o "baixo nível" dos integrantes do Parlamento é responsável por isso. No entanto, o jurista não enxerga o Poder Judiciário em patamar significativamente mais elevado. "Eu diria que a situação é compreensível historicamente, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo têm estado aquém das necessidades brasileiras. Um dos fatores responsáveis por isso é o subdesenvolvimento, um fenômeno global", analisa. historicamente no grau intelectual dos integrantes dos Poderes. Nesse ponto, ele defende a "elite" que um dia ocupou as cadeiras dos tribunais superiores e do Parlamento. "Se quiserem contestar minha afirmação, consultem a Constituinte de 1946 e leiam os nomes dos seus integrantes eram verdadeiros representantes das correntes da cultura brasileira", diz. visão elitista da sociedade, tanto que o homem que eu mais admiro na política brasileira é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, que na minha opinião é um gênio, simplesmente, dotado de uma intuição excepcional - e a intuição é uma das formas de conhecimento. Quando falo em alto e baixo níveis, não me refiro a níveis de escolaridade, a algo bacherelesco. Quando defendo uma elite, defendo uma elite intelectualmente verdadeira". |