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Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório
Paulo (IQ-USP), sendo seu funcionamento calcado em áreas e gestões independentes. Os
funcionários receberam treinamento, iniciando, assim, os primeiros conceitos de trabalho em
equipe e de valorização pessoal, além de conscientização da importância na qualidade e no
uso racional de animais de laboratório. Nesse momento, foram imprescindíveis a colaboração
e o incentivo dos pesquisadores professores Franco Maria Lajolo, Walter Colli, Paulo Minami,
Takako Saito e Maria Julia Manso Alves.
Com a instauração do controle da produção dos animais de laboratório, o
estabelecimento correto dos sistemas de reprodução para as diferentes espécies existentes
no Biotério, a aplicação dos conceitos de ética e bem-estar animal, as orientações para a
segurança no trabalho, além das melhorias aplicadas na área de higienização dos materiais,
inclusive com a aquisição da primeira autoclave de barreira, foi possível, em 1988, aprimorar
a qualidade sanitária dos animais.
Nesse período, com o incentivo dos professores do Departamento de Alimentos da
FCF-IQ/USP, iniciaram-se os primeiros estudos sobre a Avaliação Nutricional das Rações
Comerciais para Ratos e Camundongos, procedimento fundamental na padronização da
higidez dos animais de laboratório (Capítulo 7).
Em 1989, em visita a um dos maiores produtores de animais de laboratório, Charles
River Laboratories, Inc. nos Estados Unidos, além de outros centros na Europa, foi possível
conhecer a tecnologia desenvolvida para a produção de animais de laboratório segundo
o padrão de gnotobióticos
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, fato que agregou novos conhecimentos para a produção de
animais de alta qualidade, que garantissem resultados experimentais reprodutíveis. Assim,
essa gestão recorreu às diretorias e às Comissões de Biotério da FCF-IQ/USP para solicitar
melhorias. As solicitações foram gradativamente atendidas, até mesmo para suprir a uma
demanda crescente e exigente.
e a gestão do Biotério em 1992, mas somente a partir de 1997 efetivamente passou a existir
uma gestão única, que recebeu a denominação de Biotério de Produção e Experimentação
da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Química da USP.
Nesse período, o Biotério foi contemplado com o Projeto FAPESP (Fundação de Amparo
a Pesquisa do Estado de São Paulo) ­ dentro do Programa de Infraestrutura "Implementação
do Biotério Experimental da FCF-IQ/USP" ­, elaborado pela Comissão de Biotério sob a
coordenação da professora Maria Inês R. M. Santoro, o que possibilitou a realização da
reforma do Biotério. Para essa reforma, foram considerados a limitação do espaço existente,
a estrutura física do edifício, os conceitos de layout da época, bem como a necessidade de
espaço para a realização dos ensaios biológicos pelos pesquisadores.
Durante a reforma, com o apoio das diretorias do FCF-IQ/USP e das assessoras